Em abril de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o Relatório Global sobre Hepatite 2024 que atesta que os tipos de hepatites virais são responsáveis pela morte de 1,3 milhão de pessoas por ano.
Com isso, as hepatites virais são atualmente a segunda principal causa infecciosa de morte no mundo, atrás apenas da tuberculose. Por esse motivo, entender o que é hepatite, conhecer os principais tipos, seus sintomas e tratamentos é essencial. Entenda:
Índice
As hepatites são infecções que atingem o fígado, causando alterações que podem ser leves, moderadas ou graves. As causas da hepatite são variadas, como infecções virais, consumo excessivo de álcool e uso de medicamentos. Os tipos de hepatite possuem características, sintomas e formas de transmissão variadas.
Caso não seja tratada adequadamente, a condição pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.
Os principais tipos de hepatites virais são:
Saiba a seguir como cada tipo de hepatite é transmitido, quais são os sintomas e possibilidades de tratamento:
Você sabe o que é hepatite A? Também conhecida como hepatite infecciosa, é uma infecção causada pelo vírus A (HAV). Essa é uma doença contagiosa e é uma das formas mais comuns de hepatite.
A transmissão da hepatite A acontece pelo meio fecal-oral, ou seja, pelo contato de fezes com a boca. Dessa forma, a condição é transmitida por meio de alimentos ou água contaminados. Além disso, outra forma de transmissão é pelo contato sexual anal ou oral-anal.
Na maioria dos casos, a condição é assintomática. No entanto, quando há sintomas, os mais comuns são:
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção.
Não existe um tratamento específico para hepatite A. É essencial que o paciente não se automedique para aliviar os sintomas, pois o uso de determinados medicamentos, como paracetamol e nimesulida, podem causar piora no quadro.
Dessa forma, após o diagnóstico, o paciente deve seguir as recomendações do médico especialista, utilizando apenas os medicamentos indicados. Nos casos de insuficiência hepática aguda, a hospitalização pode ser indicada.
Segundo dados do Relatório Global sobre Hepatite 2024 divulgado pela OMS, 83% das mortes por hepatites são causadas pelo tipo B. Além disso, o relatório estima que mais de 254 milhões vivem com a condição.
Também conhecida como hepatite soro-homóloga, a hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo vírus B (HBV).
A hepatite B é transmitida por meio do contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen e fluidos vaginais. As formas comuns de transmissão incluem relações sexuais desprotegidas e compartilhamento de agulhas.
Além disso, a transmissão da hepatite B também pode acontecer de mãe para filho, durante a gestação ou durante o parto.
Por se tratar de uma condição que pode ser transmitida nas relações sexuais desprotegidas, a hepatite B é considerada como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
Assim como a hepatite A, a maioria dos casos são assintomáticos. No entanto, quando os sintomas da hepatite B surgem, em fase avançada, os mais comuns são:
Durante a realização de exames de hepatite, a condição pode ser diagnosticada. A hepatite B não tem cura. No entanto, o tratamento com medicamentos como alfapeginterferona, o tenofovir desoproxila, o entecavir e o tenofovir alafenamida são essenciais para reduzir o risco de progressão e de progressão da doença.
Responsável por 17% das mortes por hepatites virais, você sabe o que é hepatite C?
A Hepatite C é uma condição causada pelo vírus HCV. Essa doença pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo a crônica o tipo mais comum. De acordo com dados da OMS, 70% dos casos agudos se tornam crônicos.
A transmissão da hepatite C é semelhante a do tipo B. Isso porque, acontece principalmente, pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados, de mãe para filho durante a gravidez ou por meio de relações sexuais desprotegidas com um indivíduo infectado.
Segundo o Ministério da Saúde, em 80% dos casos os pacientes não apresentam sintomas. Por outro lado, nos pacientes sintomáticos, os sinais mais comuns são:
A condição pode ser diagnosticada após a realização de testes em laboratórios.
Após o diagnóstico, a condição pode ser tratada com antivirais de ação direta (DAA). De acordo com o Ministério da Saúde, os antivirais de ação apresentam taxas de cura de mais 95%.
Também chamada de Delta, a hepatite D é causada pelo vírus HDV, mas precisa da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa.
As formas de transmissão da hepatite D são as mesmas da hepatite B: relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e de mãe para filho (na gravidez ou parto).
Assim como os outros tipos de hepatite, os pacientes com o tipo D podem não apresentar sintomas da doença. Entretanto, quando presentes, os sinais mais frequentes são:
Após a realização do exame hepatite D é possível diagnosticar a condição. A hepatite D não tem cura, mas é possível controlar o quadro com tratamento.
O tratamento da hepatite D envolve o uso de medicamentos. Além disso, os pacientes com hepatite D não devem consumir bebidas alcoólicas.
Causada pelo vírus E (HEV), a hepatite E não é tão comum no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, essa condição é mais incidente na Ásia e África.
Assim como a hepatite A, o tipo E também é transmitido pela via fecal-oral. Dessa forma, ocorre nos contatos sexuais desprotegidos com alguém infectado, na ingestão de alimentos contaminados ou pelo consumo de água maltratada.
Os sintomas da hepatite E, quando surgem, são os mesmos sinais dos outros tipos de hepatite.
A hepatite E também não possui um tratamento específico. Assim como nos casos da hepatite A, o paciente deve evitar a automedicação, seguindo as orientações do médico especialista.
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Referências:
A hepatite é a inflamação do fígado causada por infecções virais, consumo excessivo de álcool, uso de medicamentos ou outras condições médicas.
Os principais tipos são hepatite A, B, C, D e E.
É recomendado realizar exames ao apresentar sintomas de hepatite, caso tenha sido exposto a fatores de risco ou como parte de exames de rotina.
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