Em agosto de 2024, o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, destacou o aumento dos casos de MPOX na República Democrática do Congo e em outros países da África. Esse aumento preocupa a OMS, especialmente devido à rápida disseminação da doença ao redor do mundo.
A MPOX, também conhecida como varíola dos macacos, é uma zoonose viral que existe há mais de uma década, com um crescimento expressivo nos últimos dois anos. Informações precisas sobre o que é MPOX, suas formas de prevenção e tratamento são essenciais para ajudar a conter sua propagação.
Índice
A MPOX é uma zoonose viral causada pelo vírus mpox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus. A principal característica da doença são lesões e erupções cutâneas, geralmente concentradas nas mãos, pés e rosto.
Existem duas cepas principais do vírus: a cepa da Bacia do Congo (África Central) e a cepa da África Ocidental. A cepa da África Ocidental tende a causar infecções menos graves em comparação com a cepa da Bacia do Congo.
Apesar de o nome popular ser “varíola dos macacos”, os macacos não são considerados os reservatórios da doença, ou seja, o vírus não se multiplica neles. O verdadeiro reservatório da MPOX ainda é desconhecido.
De acordo com a Agência Brasil, entre 2022 e 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou mais de 100 mil casos confirmados de MPOX em pelo menos 121 países.
Os países com os maiores números de registros são: Estados Unidos (33.191), Brasil (11.212), Espanha (8.084), França (4.272), Colômbia (4.249), México (4.124), Reino Unido (3.952), Peru (3.875), Alemanha (3.857) e República Democrática do Congo (2.999).
Os sintomas da MPOX geralmente aparecem de 3 a 21 dias após a exposição ao vírus. Entre os principais sinais estão:
A MPOX é transmitida por meio de contato direto com secreções respiratórias, gotículas, fluidos corporais de uma pessoa infectada ou objetos contaminados, como roupas e toalhas. O contato com animais contaminados também pode resultar na transmissão da doença.
Após o desparecimento das lesões e erupções, o paciente não transmite mais o vírus e o contato com outras pessoas é considerado seguro.
O diagnóstico de MPOX é feito por um infectologista em Uberlândia, que solicita exames laboratoriais. A análise consiste na coleta de secreções das lesões para confirmar a presença do vírus.
Até o momento, a maioria dos casos é leve ou moderada. O tratamento da MPOX consiste em suporte clínico para manejo dos sintomas. Não há um medicamento específico aprovado para tratar a doença, mas analgésicos e anti-inflamatórios são recomendados por especialistas para aliviar dores e febre.
Para a prevenção da MPOX, é importante evitar o contato direto com pessoas infectadas ou com suspeita de infecção. O isolamento é essencial nesses casos, assim como a não partilha de objetos pessoais.
Higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou álcool em gel, é fundamental, especialmente após o contato com indivíduos potencialmente contaminados.
Se você apresentar algum dos sintomas de MPOX, agende sua consulta com um especialista no Complexo UMC. Nossa equipe está preparada para realizar um diagnóstico preciso e oferecer o suporte necessário para o alívio dos sintomas.
Caso o diagnóstico seja positivo, cuide de quem você ama e mantenha-se isolado para evitar a transmissão.
Referências:
Organização Pan-Americana da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
A MPOX é uma doença viral, caracterizada por lesões na pele, causada pelo vírus mpox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus.
A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções, fluidos corporais ou objetos contaminados de uma pessoa infectada.
Lesões cutâneas, febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios e fraqueza são os principais sintomas.
Evite contato com pessoas infectadas, higienize as mãos com frequência e não compartilhe objetos pessoais.
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