Bronquite: conheça as causas, sintomas e tratamentos

A bronquite é uma das principais causas de tosse e desconforto respiratório, afetando milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente durante o inverno. Mas você sabe distinguir os diferentes tipos de bronquite e como cada um pode impactar sua saúde?

Entender as causas, sintomas e tratamentos da bronquite é fundamental para identificar o problema no momento certo e adotar medidas que evitem complicações mais graves. Neste texto, explicamos a diferença entre bronquite aguda e crônica, os sinais característicos de cada tipo, as formas de tratamento e as melhores estratégias de prevenção para manter seus pulmões saudáveis.

O que é a bronquite?

A bronquite é uma inflamação dos brônquios, os tubos que conduzem o ar aos pulmões, resultando em irritação e produção excessiva de muco. No Brasil, a bronquite aguda é uma das principais causas de internação hospitalar, especialmente entre crianças menores de 1 ano, representando 80,2% dos casos registrados entre 2019 e 2024. A bronquite crônica, por sua vez, afeta cerca de 12,7% da população brasileira com mais de 40 anos e está frequentemente associada ao tabagismo e à exposição a irritantes ambientais.

O que causa a bronquite?

A bronquite pode ser classificada em aguda ou crônica, com fatores desencadeantes distintos para cada tipo.

  • Aguda: 90-95% dos casos são virais (influenza, adenovírus, rinovírus), e 5-10% são bacterianos (Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Bordetella pertussis).
  • Crônica: exposição prolongada a irritantes, como fumaça de cigarro (responsável por 85-90% dos casos), poluição, poeira e produtos químicos. Infecções respiratórias recorrentes na infância e fatores socioeconômicos também aumentam o risco.

Quais os sinais de bronquite aguda e crônica?

A bronquite se manifesta principalmente por tosse e alterações respiratórias, mas os sintomas variam conforme o tipo da doença.

Bronquite aguda:

  • Tosse inicialmente seca, que se torna produtiva com muco claro ou amarelado;
  • Febre baixa e fadiga;
  • Dores no peito ao tossir e chiado no peito;
  • Sensação de aperto torácico e leve dificuldade para respirar.

Bronquite crônica:

  • Tosse produtiva persistente, especialmente pela manhã;
  • Muco espesso; aumento do volume ou presença de pus indica exacerbação ou infecção bacteriana;
  • Dispneia progressiva (dificuldade para respirar), inicialmente durante esforços e, com a evolução, mesmo em repouso.

A tosse é o sintoma mais característico em ambos os tipos, causada pela irritação dos brônquios inflamados e com a função de eliminar o excesso de muco e resíduos celulares.

Quais opções de tratamento são eficazes?

O tratamento da bronquite depende do tipo e da gravidade dos sintomas. O objetivo é aliviar a tosse, reduzir o desconforto e prevenir complicações.

Bronquite aguda:

  • Geralmente melhora sozinha após algumas semanas; o foco é aliviar os sintomas;
  • Antibióticos só são usados se houver suspeita de infecção bacteriana (quando a bronquite é causada por bactéria);
  • Medidas simples ajudam muito: descansar, beber bastante líquido, manter o ar úmido e evitar fumaça ou poeira;
  • Medicamentos para aliviar a tosse seca, podem ser usados, especialmente à noite.

Bronquite crônica:

  • Medicamentos inalados ajudam a abrir as vias respiratórias (broncodilatadores) e reduzem a inflamação (corticosteróides);
  • Se houver piora dos sintomas, como aumento do catarro ou dificuldade para respirar, o médico pode prescrever antibióticos ou medicamentos mais fortes;
  • Fisioterapia respiratória pode ajudar a limpar melhor o muco dos pulmões, facilitando a respiração.

Como prevenir a bronquite e evitar complicações?

Algumas medidas simples podem reduzir significativamente o risco de desenvolver bronquite e suas complicações:

  • Cessar o tabagismo: parar de fumar é a ação mais eficaz para prevenir a bronquite crônica e diminuir crises de tosse e inflamação;
  • Vacinação: manter as vacinas em dia, especialmente contra influenza e pneumococo, ajuda a reduzir o risco de infecções respiratórias que podem desencadear bronquite;
  • Higiene pessoal: lavar as mãos regularmente e evitar contato próximo com pessoas doentes ajuda a impedir a transmissão de vírus e bactérias respiratórias;
  • Ambiente: melhorar a ventilação em casa e no trabalho, evitar produtos químicos irritantes e usar equipamentos de proteção individual em profissões de risco contribui para a saúde pulmonar.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado das crises são essenciais para prevenir complicações graves, como pneumonia e insuficiência respiratória. Quem apresenta sintomas de bronquite, especialmente os casos crônicos, deve manter acompanhamento médico regular e seguir corretamente o tratamento prescrito. 

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