Tricomoníase: o que é, transmissão, sintomas e tratamento

A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Considerada a IST curável mais comum no mundo, ela afeta principalmente o trato geniturinário (órgãos urinários e genitais) e pode provocar complicações importantes se não for tratada. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde registrou cerca de 156 milhões de novos casos.

Neste texto, você vai entender o que é a tricomoníase, como ocorre a transmissão, quais são os sintomas mais comuns e como é feito o tratamento, além de dicas para prevenção.

O que causa a tricomoníase?

A tricomoníase é causada por um parasita unicelular chamado Trichomonas vaginalis. Esse micro-organismo se instala na mucosa da vagina e da uretra, onde se reproduz e provoca infecção. Ele consegue sobreviver em ambientes com pouco oxigênio (metabolismo anaeróbio) e prefere um pH levemente ácido a neutro, entre 5 e 7,5, condições que facilitam sua proliferação e a manutenção da infecção.

Como a tricomoníase é transmitida?

A transmissão ocorre principalmente através de relações sexuais desprotegidas com pessoa infectada. O parasita pode persistir por longos períodos no trato geniturinário masculino sem causar sintomas, facilitando a transmissão involuntária. Embora rara, a contaminação também pode ocorrer através de objetos contaminados, sendo o T. vaginalis resistente a alterações ambientais. Durante a gravidez, pode causar parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascer.

Como identificar os sinais da tricomoníase em mulheres e homens?

Reconhecer os sintomas da tricomoníase é essencial para buscar tratamento rápido e evitar complicações. Embora muitas pessoas não apresentem sinais da infecção, especialmente os homens, aqueles que manifestam sintomas podem apresentar alterações específicas no trato geniturinário. Abaixo, destacamos os principais sinais observados em mulheres e homens, além da importância de atenção aos casos assintomáticos para evitar a transmissão e reduzir  o risco de contrair outras ISTs.

Em mulheres:

  • Corrimento vaginal amarelo-esverdeado com odor fétido
  • Coceira vulvar
  • Ardência ao urinar
  • Dor durante relações sexuais
  • No exame ginecológico, o médico pode observar uma irritação no colo do útero, que às vezes apresenta pequenos pontos avermelhados, conhecidos como o aspecto de “colo em morango”

Em homens:

  • Secreção uretral espumosa
  • Dor ao urinar
  • Desconforto genital, especialmente matinal

Assintomáticos:

  • Cerca de 70% das pessoas infectadas não apresentam sintomas, principalmente homens, o que dificulta o diagnóstico e aumenta o risco de transmissão.
  • Se não tratada, a tricomoníase pode aumentar o risco de contrair outras ISTs, incluindo HIV, pois a inflamação genital compromete as barreiras naturais de proteção do organismo.

Quais são os tratamentos mais eficazes para a tricomoníase?

O medicamento mais utilizado é o Metronidazol, geralmente administrado 500 mg duas vezes ao dia por sete dias.

Em alguns casos, quando o Metronidazol não resolve a infecção, pode ser indicado o Tinidazol, em dose única de 2 g. 

Importante ressaltar que esses medicamentos devem ser indicados pelo ginecologista, conforme avaliação individual de cada paciente. 

É essencial que todos os parceiros sexuais sejam tratados ao mesmo tempo, mesmo que não apresentem sintomas, para interromper a transmissão e evitar reinfecção. Durante o tratamento, deve-se evitar relações sexuais até que todos estejam completamente curados.

A cura é alcançada em mais de 95% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. Durante o uso desses medicamentos, é fundamental evitar bebidas alcoólicas, pois a combinação pode causar reações desagradáveis, como náuseas, vômitos, palpitações e queda de pressão.

Como prevenir a tricomoníase?

A prevenção da tricomoníase é baseada em hábitos seguros e medidas simples:

  • Uso de preservativos em todas as relações sexuais.
  • Exames médicos regulares, para identificar e tratar infecções precocemente.
  • Evitar compartilhar objetos íntimos que possam estar contaminados.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado ajudam a evitar complicações, como infecção inflamatória pélvica, e reduzem o risco de transmissão para parceiros sexuais.

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