Colaboração do Dr. Wellington Ued Naves, especialista em Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal do Complexo UMC – CRM: 52.602.
Os distúrbios hipertensivos que acontecem durante a gravidez são importantes causas de morbidades graves, incapacidade de longo prazo e até mesmo mortalidade materna e perinatal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre as complicações mais frequentes da gestação relacionadas ao nível da pressão sanguínea nas artérias, está a pré-eclâmpsia, condição que também pode ser perigosa e potencialmente fatal para a mãe e o bebê se não for diagnosticada e tratada precocemente.
A pré-eclâmpsia trata-se do desenvolvimento de pressão alta e disfunção de órgãos como rins ou fígado, que afeta entre 1,5 e 16,7% das gestações em todo o mundo, resultando em 60.000 mortes maternas e mais de 500.000 nascimentos prematuros, segundo relatório da Rede Brasileira de estudos sobre Hipertensão na Gravidez.
Além dos riscos de prematuridade e mortalidade, a condição também pode levar a mais complicações, como destaca o especialista em Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal do Complexo UMC, Prof. Dr. Welington Ued Naves. “Convulsões, AVCs, insuficiência renal, distúrbios hepáticos, restrição do crescimento fetal são outras consequências da condição, além do risco de morte materna e perinatal”.
Diante disso, é fundamental que a gestante fique atenta a quaisquer alterações pressóricas e comunique, o quanto antes, ao médico que realiza seu acompanhamento. Como o diagnóstico depende de exames laboratoriais (urina e sangue), quanto mais cedo confirmar a pré-eclâmpsia, mais precoce será iniciado o tratamento e maiores são as possibilidades de sucesso”, diz o médico.
Índice
A condição acontece após a 20ª semana gestacional, e os principais sinais e sintomas que as gestantes precisam ficar alertas incluem:
Diante da identificação de qualquer sintoma que indique a condição, o especialista reforça a importância de compartilhar a percepção com o médico que realiza o acompanhamento da gravidez. “É fundamental que as mulheres grávidas façam o pré-natal regularmente e informem ao médico sobre quaisquer sintomas ou preocupações. O acompanhamento adequado durante a gravidez é essencial para detectar e tratar precocemente condições como a pré-eclâmpsia”, destaca o Dr. Welington.
O obstetra ainda esclarece sobre como é realizado o diagnóstico e o tratamento da condição. “O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito quando temos aumento da pressão arterial associado à presença de proteína na urina ou alterações em determinados exames específicos. O tratamento envolve uso de medicamentos para controlar a pressão arterial e, em casos mais graves, a interrupção da gestação, adiantando o parto”, diz o especialista.
Não há maneiras de prevenir completamente a condição, porém o especialista recomenda algumas medidas comportamentais que podem contribuir para reduzir o risco ou minimizar os efeitos. Além de realizar o pré-natal regularmente, a gestante deve:
O especialista ainda complementa a orientação sobre os cuidados indicados para a gestação. “Tais medidas comportamentais são essenciais para uma evolução saudável da gestação e prevenção de inúmeras condições com potencial de gravidade para a gestação, não só a pré-eclâmpsia. No entanto, pacientes com fatores de risco para pré-eclâmpsia podem se beneficiar significativamente ao iniciar a medicação apropriada até 16 semanas de gestação, com potencial de reduzir o risco de desenvolver a condição em quase 90%. É fundamental procurar sempre um médico especialista e habilitado para condução do pré-natal”, finaliza Dr. Welington.
Em casos de sintomas, procurar por médicos especialistas no assunto é extremamente importante e crucial para a saúde. Entre em contato conosco e agende sua consulta com um dos médicos do Complexo UMC. Sua saúde é nossa prioridade!
A pré-eclâmpsia é uma complicação grave que ocorre na gravidez, é caracterizada pela hipertensão arterial.
O diagnóstico acontece por meio da medição regular da pressão arterial e pelo monitoramento dos sintomas.
O tratamento depende da gravidade da condição e pode incluir repouso, medicação para controlar a pressão arterial, restrição de sal e mais. Além disso, em casos graves, a indução do parto pode ser a solução mais indicada.
Não, a pré-eclâmpsia pode ter efeitos prejudiciais tanto para a mãe quanto para o bebê.
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