Será que é possível melhorar a produtividade através da alimentação?

De acordo com a nutricionista Alessandra Barreto, a má alimentação é um potencializador do estresse e da ansiedade. Em meio a agitação da rotina, a maioria das pessoas acaba por optar pela praticidade e não pela qualidade do que está ingerindo. A alimentação interfere diretamente na saúde, não só na produtividade e disposição para o trabalho. De acordo com a nutricionista, a combinação de determinados alimentos pode aliviar os sintomas gerados pelos altos níveis de estresse e ansiedade.

A sinergia dos alimentos, potencializa as propriedades funcionais de cada grupo.

Entre as boas combinações, Alessandra destaca alguns alimentos que são ainda melhores quando consumidos juntos.

1. Acerola e Melão

Acerola é a fruta mais anti-inflamatória existente no Brasil. Quando juntamos essa fruta ao melão, temos o efeito anti-inflamatório prolongado, graças a glutationa.

Recomendação: Consumir as frutas de duas a três vezes na semana.

2. Banana e Castanhas

A banana é prática, gostosa e tem preço acessível. Ela é muito importante para a saúde, além de ser grande geradora de energia. A melhor opção é consumi-la com castanhas, que agrega poder anti-inflamatório derivado da concentração de ômega 3.

Recomendação: 1 banana + 3 castanhas

3. Beterraba e frutas cítricas

A beterraba tem grandes quantidades de ferro, o chamado “ferro não heme”, ou seja, um ferro não ativado. Por isso, quando consumimos junto com a vitamina C, ativamos o ferro e garantimos uma maior absorção.

Recomendação: Para cada 50g de beterraba, 10g de suco de laranja ou limão.

4. Cacau e frutas vermelhas

Quando unimos os antioxidantes do cacau com o ácido elágico das frutas vermelhas (morango, amora, framboesa), temos uma combinação ótima para mulheres com TPM, melhorando a disposição e o humor no trabalho.

Recomendação: 100g de morango + 20g de chocolate 70% cacau.

5. Cúrcuma e Pimenta do Reino

A curcumina presente na cúrcuma (açafrão da terra) é um dos anti-inflamatórios naturais mais poderosos que existem. Mas infelizmente o nosso corpo não absorve bem. E para isso precisa da piperina, encontrada na pimenta do reino.

Recomendação: 1 colher de chá por dia de cúrcuma para efeitos medicinais dessa raiz.

6. Linhaça e semente de abóbora

A linhaça consumida junto com a semente de abóbora, cria um equilíbrio entre progesterona e estrogênio para melhorar o humor e disposição.

Recomendação: 1 Colher de sopa de cada.

7. Chocolate 70% cacau e Café

O chocolate amargo é fonte de magnésio, cafeína, ferro e flavonóides (antioxidantes). O cacau contribui para a diminuição do hormônio do estresse (cortisol) e aumenta a comunicação dos neurônios, permitindo mais foco e concentração.

Recomendação: Consumir até 10 gr por dia.

O café ativa áreas do cérebro ligadas à sensação de recompensa e prazer, melhora o humor, o foco, a concentração e até o desempenho profissional. A cafeína estimula o sistema nervoso central, nos deixando mais alertas.

Recomendação: tomar de três a quatro xícaras por dia, no máximo, se possível distribuídas até o fim da tarde, já que para algumas pessoas a cafeína interfere na qualidade do sono.

8. Chá verde

Pra quem quer substituir o café, o chá verde é uma ótima opção. Por conter o aminoácido L-teanina na composição, contribui com a melhora da atividade de neurotransmissores com efeitos anti-ansiedade, ajuda no foco, reduz o estresse e tem potencial tranquilizante sem causar sonolência. Pode ser consumido gelado ou quentinho.

Recomendação: assim como o café, de três a quatro xícaras por dia, até o fim da tarde.

9. Iogurte

Probióticos saudáveis como um bom iogurte natural/artesanal são essenciais para o bom funcionamento do intestino. Já que 90% da serotonina é produzida neste órgão, se ele vai bem, você também funciona melhor!

Recomendação: 1 potinho por dia

Que tal deixar as bolachas, pães e frituras de lado por uma semana e fazer esse teste? Substitua os lanches pouco nutritivos por essas opções saudáveis e perceba o seu corpo e mente se transformando. Bom trabalho!

Texto por Alessandra Barreto – Nutricionista Centro Clínico UMC.

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