Dermatite atópica: saiba o que é, sintomas, causas e tratamento

A dermatite atópica é uma condição dermatológica crônica que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Ela é caracterizada por inflamação da pele, coceira intensa e lesões, o que pode comprometer significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Essa doença multifatorial envolve predisposição genética, alterações na barreira cutânea e uma resposta imunológica exacerbada, manifestando-se de forma distinta em diferentes faixas etárias.

Neste texto, vamos explicar suas causas, os principais sintomas e tratamentos disponíveis, ajudando você a entender como a condição afeta a qualidade de vida e como lidar com essa condição de forma adequada.

O que causa a dermatite atópica?

Os fatores genéticos desempenham um papel crucial no desenvolvimento da dermatite atópica. Mudanças no gene da filagrina, uma proteína essencial que ajuda a manter a proteção da pele, estão presentes em aproximadamente 30% dos pacientes com essa condição. Além disso, histórico familiar de doenças atópicas aumenta significativamente o risco de desenvolvimento da doença.

Os fatores ambientais também têm grande influência no surgimento e aumento dos sintomas. Exposição precoce com substâncias que causam alergias, poluição atmosférica, uso excessivo de produtos de higiene com componentes irritantes e condições climáticas extremas podem desencadear ou agravar as manifestações cutâneas.

Como a dermatite atópica afeta a pele?

A dermatite atópica ocorre quando a proteção natural da pele não funciona corretamente, fazendo com que ela perca água e se torne mais sensível a irritantes e substâncias que causam alergias. Isso leva ao ressecamento da pele, inflamação constante e maior reação a estímulos externos.

As lesões mais comuns incluem vermelhidão, inchaço, bolhas e descamação nos casos agudos. Com o tempo, a pele pode se espessar e escurecer em casos crônicos. A coceira intensa, que é o principal sintoma da condição, cria um ciclo onde a pessoa coça, causando feridas que agravam a inflamação

Como a dermatite atópica se manifesta em crianças e adultos?

O diagnóstico da dermatite atópica baseia-se em critérios clínicos bem estabelecidos, incluindo a presença de coceira, distribuição típica das lesões e evolução crônica ou recorrente. A intensidade dos sintomas varia consideravelmente entre os pacientes, influenciando diretamente o impacto na qualidade de vida.

Em lactentes, as lesões predominam na face, couro cabeludo e nas partes externas dos membros, apresentando características agudas como manchas vermelhas na pele, bolhas e secreção. Durante a infância, as lesões migram para áreas de dobras da pele, como cotovelos e joelhos, com tendência a se tornarem permanentes ou mais difíceis de tratar.

Na adolescência e idade adulta, a dermatite atópica frequentemente acomete as mãos, pés, pálpebras e região perioral. As lesões tornam-se mais localizadas, porém mais resistentes ao tratamento. Adultos podem desenvolver variantes específicas, que requerem uma abordagem terapêutica diferenciada.

Quais tratamentos podem aliviar os sintomas da dermatite atópica?

Os corticosteroides tópicos (ou corticoides) continuam sendo a terapia de primeira linha para o controle da inflamação aguda, devendo ser utilizados de forma intermitente e sob orientação médica especializada.

Como alternativa eficaz, os inibidores de calcineurina tópicos, como tacrolimo e pimecrolimo, são recomendados especialmente para áreas mais sensíveis, como a face e as dobras da pele. Para casos mais graves, tratamentos sistêmicos, incluindo imunossupressores e medicamentos biológicos, têm mostrado grande eficácia. O dupilumabe, um anticorpo monoclonal, é um exemplo desses avanços, sendo indicado para pacientes que não respondem às terapias tradicionais.

O que pode ser feito para prevenir crises?

A hidratação adequada da pele é essencial para manter a função de barreira e prevenir agravamento dos sintomas. Emolientes devem ser aplicados diariamente, preferencialmente após o banho, utilizando produtos específicos para pele atópica.

Identificar e evitar fatores desencadeantes individuais é crucial para o controle a longo prazo. Isso inclui modificações ambientais, como controle da umidade e temperatura, escolha adequada de roupas e produtos de higiene hipoalergênicos.

O acompanhamento dermatológico regular permite ajustes terapêuticos personalizados e o monitoramento de possíveis complicações. Pacientes com dermatite atópica podem ter comorbidades associadas, que exigem acompanhamento especializado integrado. Se você suspeita de dermatite atópica ou apresenta sintomas persistentes de coceira e inflamação da pele, procure orientação médica especializada no UMC para garantir um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

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