Conheça as doenças que podem causar convulsões

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 10% da população mundial será acometida, ao menos uma vez por uma convulsão ao decorrer da vida. Nesse sentido, é extremamente importante conhecer as doenças que podem desencadear convulsões.

Você sabe o que é convulsão, quais os seus tipos, sintomas, causas e quais doenças podem causá-las? Confira a seguir tudo o que você precisa saber sobre esse assunto tão importante:

Índice

• O que é convulsão?
• Tipos de convulsões
• Convulsões focais ou parciais
• Convulsões generalizadas
• Sintomas de uma convulsão
• Principais causas de convulsões
• Doenças que podem causar convulsões
• Epilepsia
• Infecções
• Hipoglicemia
• Traumatismo craniano
• Tumores cerebrais
• Acidente Vascular Cerebral (AVC)
• O que fazer em casos de convulsões?
• Proteja a pessoa que está tendo a crise
• Cuidado com a cabeça
• Não coloque nada na boca
• Não segure os movimentos
• Observe o tempo da convulsão
• Não deixe a pessoa sozinha
• Chame ajuda médica
• Como é feito o tratamento da convulsão?

O que é convulsão?

A convulsão é uma contratura involuntária da musculatura, responsável por provocar movimentos desordenados, em alguns casos, pela perda de consciência do paciente. Nesse sentido, uma convulsão é caracterizada como uma atividade elétrica anormal do cérebro. 

As convulsões podem variar em tipo, gravidade e duração, podendo ser caracterizadas como episódios breves e leves ou até mesmo como crises mais prolongadas e intensas. A causa das convulsões depende da região do cérebro afetada e das condições subjacentes que podem ser responsáveis por desencadeá-las.

Tipos de convulsões

Existem diferentes tipos de convulsão, que podem ser divididas em dois tipos principais, são eles:

Convulsões focais ou parciais

As convulsões focais ou parciais acontecem quando somente uma parte do cérebro é atingida por uma descarga de impulsos elétricos desordenados. Dessa forma, elas são caracterizadas por acometerem uma região específica.

Convulsões generalizadas

Já as convulsões generalizadas atingem toda a atividade cerebral, ou seja, ao contrário da convulsão focal que afeta somente uma região específica, esse tipo causa impacto nos dois hemisférios cerebrais.

Sintomas de uma convulsão

Os sintomas de convulsão podem variar em decorrência da causa e do grau da crise. No entanto, no geral, os sintomas mais comuns são:

• Perda da consciência;
• Movimentos involuntários dos músculos:
• Fortes espasmos;
• Tremores;
• Lábios azulados;
• Salivação excessiva;
• Movimentos oculares anormais;
• Mordidas na língua ou na bochecha.

É extremamente importante pontuar que as convulsões não se manifestam da mesma maneira. Algumas pessoas podem manifestar diversos sintomas, enquanto outras crises podem ocorrer de maneira sutil, com grandes dificuldades de detecção.

Principais causas de convulsões

Mas, afinal, o que causa convulsões? As convulsões podem ser desencadeadas por diferentes causas. No entanto, nem sempre é possível detectar o principal fator para essa condição.

Dentre as principais causas, é possível apontar febre alta (principalmente em crianças menores de 5 anos), traumatismos, tumores cerebrais, abstinência alcoólica, infecções, distúrbios metabólicos e a falta de oxigenação no cérebro.

Doenças que podem causar convulsões

Você sabe quais as doenças que podem causar convulsões? Confira algumas das principais e saiba mais sobre elas:

Epilepsia

A epilepsia é uma das principais doenças que podem desencadear convulsões. Muitas pessoas, inclusive, associam as convulsões diretamente com a epilepsia, acreditando erroneamente que todas as crises são causadas por essa doença.

Isso porque, essa condição é caracterizada por convulsões recorrentes e graves. Ela pode ser ocasionada por diferentes fatores, como predisposição genética, lesões cerebrais, distúrbios metabólicos e infecções.

Infecções

Existem diversas infecções, como encefalite, meningite, infecções parasitárias e outras, que podem causar convulsões como um sintoma. Na maioria das vezes, a realização de um tratamento adequado para controlar a progressão da infecção é suficiente para acabar com as convulsões. No entanto, é sempre muito importante estar atento quanto a esse sintoma.

Hipoglicemia

A hipoglicemia é uma condição caracterizada pelos baixos níveis de açúcar no sangue, algo que pode levar as pessoas a terem convulsões. Dessa forma, pessoas que sofrem com diabetes podem ter convulsões, principalmente nos casos em que as orientações médicas sobre as medicações não estão sendo seguidas.

Traumatismo craniano

As lesões na cabeça, como concussões cerebrais, podem ser primordiais para desencadear convulsões. Isso porque, uma vez que a cabeça sofre um trauma, o cérebro pode ser diretamente afetado, tendo como resposta uma convulsão. Por esse motivo, em casos de lesões na cabeça, é sempre crucial procurar auxílio médico para descartar complicações mais graves, que podem ser extremamente prejudiciais para a saúde.

Tumores cerebrais

Em alguns casos de tumores cerebrais, a condição pode pressionar áreas sensíveis específicas, ocasionando convulsões. Por isso, é fundamental que os pacientes portadores de tumores cerebrais realizem tratamento especializado, para controlar os sintomas e preservar sua qualidade de vida.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Um AVC pode afetar diretamente a circulação sanguínea no cérebro, o que pode resultar em convulsões. Portanto, após um AVC é extremamente importante realizar acompanhamento médico, para monitorar eventuais sintomas e prevenir eventos futuros.

O que fazer em casos de convulsões?

Agora que você já sabe quais doenças podem desencadear convulsões, é essencial saber como agir caso você presencie uma crise. Antes de qualquer coisa, é muito importante manter a calma, além disso:

Proteja a pessoa que está tendo a crise

É muito importante manter a pessoa segura. Nesse sentido, afaste objetos afiados, pesados e perigosos, para que eles não possam ferir a pessoa que está tendo convulsão. Além disso, coloque-a em uma posição de lado, para evitar que ela engasgue com saliva ou vômito.

Cuidado com a cabeça

Em decorrência dos fortes espasmos, a vítima pode lesionar seriamente a cabeça. Por isso, para evitar eventuais danos mais sérios é essencial proteger a cabeça da pessoa com uma almofada ou travesseiro, sem travá-la, apenas protegendo-a.

Não coloque nada na boca

Evite colocar objetos na boca, pois isso pode causar sérias lesões nos dentes ou na boca, sendo extremamente prejudicial.

Não segure os movimentos

Durante a convulsão, os movimentos involuntários dos músculos estão entre os principais sintomas. Dessa forma, evite tentar segurar os movimentos da pessoa durante a convulsão, isso poderá causar lesões sérias.

Observe o tempo da convulsão

Preste atenção no tempo da convulsão, caso ela dure mais do que cinco minutos ou ocorra uma imediatamente atrás da outra, é extremamente importante chamar ajuda médica com urgência.

Não deixe a pessoa sozinha

Durante a convulsão e logo após, não deixe a pessoa sozinha. Isso porque, mesmo após a convulsão, a pessoa pode estar confusa e sonolenta, precisando de supervisão. Ofereça apoio e espere que ela se recupere completamente.

Chame ajuda médica

Se a pessoa não possui um histórico conhecido de convulsões ou caso a crise seja extremamente prolongada, é crucial chamar uma ambulância imediatamente, para que o socorro seja prestado.

Como é feito o tratamento da convulsão?

Para encontrar o melhor tratamento, é muito importante conhecer as causas e saber qual o tipo de convulsão do paciente. Por isso, a análise dos sintomas e a realização de exames, como eletroencefalograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética é crucial.

O tratamento é muito importante para controlar crises e para prevenir futuros episódios. Para a maioria dos casos, o uso de remédios prescritos de acordo com tipo de convulsão é essencial. Além disso, caso a convulsão seja causada por alguma doença, como uma  infecção, o tratamento dessa condição é crucial para prevenir convulsões futuras.  

Procure ajuda médica!

Procure ajuda médica imediatamente se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando convulsões recorrentes, ou apresentar sintomas preocupantes. Agende sua consulta com um neurologista para obter uma avaliação completa e diagnóstico preciso. 

Conte com o Complexo UMC, para ter um tratamento especializado, garantindo a melhor qualidade de vida!

Referências:

Scientific Electronic Library Online

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