Autismo: descubra o que é, sinais, graus e sintomas

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou autismo, é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a forma como a pessoa percebe o mundo, processa

informações, se comunica e interage socialmente. Pode se apresentar de maneiras distintas

em cada indivíduo, influenciando em habilidades relacionadas à comunicação, comportamentos, interesses e fatores de aprendizagem.

E é a partir da informação que os preconceitos são evitados, contribuindo para que a

família e sociedade compreenda, acolha e saiba lidar com aqueles diagnosticados com TEA.

Nós trouxemos mais informações sobre sinais de risco para o transtorno, níveis de suporte e outros aspectos relevantes sobre o tema para te ajudar a compreender o diagnóstico.

O que caracteriza o autismo (TEA)?

Segundo a neuropsicóloga e psicóloga infantil Priscilla Custódia (CRP: 04/61502), é possível observar a manifestação inicial dos sintomas antes dos 36 meses de idade, que podem resultar em prejuízos em diversas áreas do desenvolvimento. Compreender o autismo e seus efeitos no desenvolvimento é fundamental para que a família possa adotar estratégias de apoio e acompanhamento adequadas.

Segundo a especialista “O Transtorno do Espectro Autista (TEA) consiste em um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízos na comunicação, interação social e presença de padrões de comportamentos repetitivos e restritos.”

Além disso, cada criança manifesta os sinais de autismo de uma forma, o que faz com que se tenha um amplo espectro de sinais que precisam ser considerados.

Como o autismo afeta o desenvolvimento infantil?

De forma geral, o autismo afeta a capacidade de comunicação, socialização e o comportamento da criança. Por isso, são crianças que enfrentam dificuldades em interagir socialmente nos mais variados ambientes.

É comum que os estímulos ambientais, como ruídos e até mesmo o movimento intenso de pessoas em locais como shoppings, causem desconforto na criança, que pode ter crises devido à sua hipersensibilidade. 

A dificuldade em se comunicar de forma verbal e não verbal acaba limitando o desenvolvimento infantil. Por isso, o diagnóstico e intervenções adequadas são aliados poderosos para auxiliar durante a infância, visando estimular o aprimoramento das habilidades sociais e de comunicação.

Identificando os sinais do autismo

A família, a escola e os cuidadores precisam estar atentos aos sinais de risco para o autismo (TEA), a fim de possibilitar um diagnóstico precoce e iniciar o acompanhamento adequado, garantindo que a criança tenha as melhores condições para um desenvolvimento saudável com suporte terapêutico.

Sinais precoces do autismo (TEA) em crianças

A especialista, Dra. Priscilla Custódia, alerta que alguns sinais podem indicar a necessidade de procurar um especialista para avaliação do desenvolvimento infantil, como:

  • Dificuldade na interação social e no contato visual;
  • Não responder quando chamado pelo nome;
  • Atrasos ou dificuldades na comunicação, como preferir conduzir o adulto pela mão em vez de apontar;
  • Ecolalia (repetição de palavras ou frases ouvidas);
  • Movimentos repetitivos, como balançar as mãos ou girar/alinhar brinquedos;
  • Sensibilidade sensorial atípica, como tapar os ouvidos diante de sons altos.

Diferenças no comportamento e comunicação

Crianças com autismo, dependendo da gravidade do transtorno, podem apresentar diferentes níveis de dificuldade na comunicação. A intervenção com profissionais que atuam com a linguagem, nos casos da disfunção dessa habilidade, se faz necessária. Além disso, os acometidos pelo transtorno tendem a adotar comportamentos repetitivos, restritos e com o brincar funcional e simbólico prejudicado, necessitando de estimulação voltada para a ampliação de repertório no brincar. 

Os graus do autismo e suas implicações

O autismo é classificado em três níveis, que indicam a intensidade dos desafios e o grau de suporte necessário. O nível 1 é considerado o mais leve, no qual a pessoa apresenta dificuldades em interações sociais e padrões de comportamento restritivos e repetitivos, mas mantém certo grau de independência. No nível 2, as dificuldades são moderadas, exigindo mais apoio no dia a dia e apresentando sinais mais evidentes. Já o nível 3 é o mais severo, com demandas substanciais de suporte devido aos desafios significativos enfrentados.

É importante destacar que essa classificação não é rígida: o espectro autista é amplo e cada pessoa manifesta sinais únicos, que podem variar ao longo da vida e exigir diferentes níveis de apoio para seu desenvolvimento.

O que cada grau implica para o tratamento?

O grau do autismo está diretamente relacionado ao nível de suporte necessário para a vida diária da pessoa. Indivíduos no nível 1 geralmente conseguem realizar atividades com relativa autonomia, precisando de apoio pontual para lidar com interações sociais e comportamentos repetitivos. Já no nível 2, as necessidades são mais evidentes, com os indivíduos requerendo suporte significativo para funções cotidianas, mas não tão intensivo quanto o do nível 3. No nível 3, as necessidades são muito mais intensas, exigindo acompanhamento constante, terapias multidisciplinares frequentes e adaptações significativas no ambiente para garantir o bem-estar e o desenvolvimento.

Além disso, é importante saber que ao perceber sinais de risco para o autismo, é recomendado procurar o pediatra para receber orientação, visando o encaminhamento adequado para um especialista.

Geralmente, o responsável por fechar o diagnóstico é o neuropediatra, profissional que avalia os sinais de risco para o TEA a partir de entrevistas com os responsáveis e a observação clínica, já que no momento, o diagnóstico é clínico.

Além disso, o processo diagnóstico é feito envolvendo psicólogos especialistas no tema para ajudar o médico a sustentar ou não a presença do transtorno.

Procurando ajuda especializada o quanto antes a família pode iniciar as terapias responsáveis por auxiliar no desenvolvimento infantil.

Apesar de ainda existir o equívoco de que o autismo seja uma condição restrita à infância, é fundamental compreender que o Transtorno do Espectro Autista acompanha a pessoa ao longo de toda a vida. Com o suporte de profissionais especializados e intervenções adequadas, é possível promover o desenvolvimento de habilidades e a melhoria da qualidade de vida em diferentes fases. Agora que você sabe mais sobre o TEA, agende uma consulta com nossos especialistas para orientações personalizadas e continue aprendendo sobre os cuidados e o acompanhamento em todas as fases da vida.

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